Segue abaixo a analise dos elementos encontrados nas fotos de Robert Doisneau reti-radas do livro Robert Doisneau de GAUTRAND, Jean editora: Taschen ,2003.
Podemos observar o que foi dito por Grautrand na imagem acima com clareza. À primeira vista a imagem nos mostra seu lado mais agradável; a inocência das crianças e a magia infan-til, fazendo-os brincar com papéis, que para nós adultos seria apenas lixo.
Observando novamente a imagem percebemos também a Rua vazia, as calçadas mo-lhadas. Concluímos então que estes fatores remetem à solidão e ao abandono.
Observamos nessa imagem duas crianças com idades distintas caminhando sozinhas pelas ruas de Gentilly.
Podemos concluir que a mais velha estaria cuidando da mais nova; este fato está explí-cito por duas características presentes na foto: a mais velha estar levando uma bolsa (normal-mente são as mães que levam bolsas) e estar também segurando a mão da criança mais nova, com afeto, como se fosse a mãe.
Outro fator marcante na foto é o ambiente de comércio, as crianças não estão brincan-do e não estão sorrindo; se portando como adultas.
A placa presente na figura 3 informa através de símbolos que as crianças têm de estar acompanhadas de adultos, mas as crianças presentes na foto estão sozinhas, observando a tra-vessura de um menino e não há nenhum adulto o impedindo de fazê-la.
A decida para Fábrica - Saint-Denis (1946)
A figura 4 mostra a criança como responsável por si mesma. A fábrica ao fundo leva a uma reflexão da criança como possível trabalhadora. O próprio nome dado à foto incute uma possível denúncia.
E por último a figura 5 e 6, Barricadas e casa de habitação social e O prisioneiro, Porte de Vanves, ambas datadas de 1956 no período pós-segunda guerra nos mostra crianças fantasiando episódios vividos por elas na guerra em meio as ruínas. Na mesma evidenciamos também a falta de adultos e a ausência do conselho familiar nas ações e na posse da arma das crianças, registrada pela fotografia.
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